Alibaba critica Yahoo por apoiar desafio do Google à censura na China
Braço do Yahoo no mercado chinês afirma que empresa foi ‘apressada’ ao apoiar ameaça do Google de deixar o país, após ciberataque.
O Alibaba Group, braço das operações do Yahoo na China, criticou o Yahoo por ter sido ‘apressado’ ao apoiar o Google em sua ameaça de deixar o mercado chinês após um ciberataque ao gigante de buscas no país.
O Yahoo possui uma participação expressiva no Alibaba, que também possui uma forte operação de comércio eletrônico, e concedeu o controle de suas operações na China ao buscador local como parte de um acordo firmado em 2005.
"O Alibaba Group comunicou ao Yahoo que a informação de estar ‘alinhado’ à posição que o Google determinou na última semana foi apressada diante da falta de provas”, disse um porta-voz do Alibaba por e-mail. "O Alibaba não compartilha desta visão”."
Na última semana, o Google revelou que sua rede interna sofreu um ciberataque em dezembro, com o objetivo de acessar contas de e-mail do Gmail pertencente a ativistas de direitos humanos chineses. O buscador ameaçou encerrar suas operações na China por conta do ocorrido.
O Yahoo manifestou apoio ao Google declarando que tais ataques eram “profundamente perturbadores” e incentivou a oposição às práticas de violação da privacidade dos usuários.
Especialistas de segurança alertaram que o ataque, que usou uma falha no navegador Internet Explorer, também envolveu outras 33 companhias, além do Google, incluindo empresas como Adobe, Juniper Networks, Symantec e o próprio Yahoo.
O comunicado do Alibaba pode acelerar dificuldades de relacionamento enfrentadas entre as duas empresas desde que a executiva Carol Bartz assumiu o comando do Yahoo, no lugar do co-fundador Jerry Yang, como Chief Executive Officer (CEO) , no ano passado.
O Alibaba não se refere diretamente à censura do governo chinês à internet, em seu comunicado, mas tanto o Yahoo como o Bing, da Microsoft, filtram determinados Resultados de buscas para os internautas daquele país.
Diante dos fatos, o CEO da Microsoft, Steve Ballmer disse que a empresa não tem planos de seguir o Google e pretende continuar atuando na China.